
Recordo-me da primeira vez… da forma como tentamos adivinhar tudo um do outro, prevendo os movimentos numa sintonia desejada. A forma como senti o teu olhar penetrante enquanto esboçavas aquele sorriso com que me contagiaste.
Exploramos algumas posições, algumas possivelmente nem existem ainda em livro, os olhares, os movimentos, as carícias, os nossos corpos e aquele quarto que partilhou tudo isso connosco.
No entanto e passados alguns tempos surgiu a distância, e na distância do teu corpo transformo ausências em ternas lembranças…
Mas até me apetece aplicar a famosa frase de Fernando Pessoa para continuar, “Deus quer, o Homem sonha, a Obra nasce”… Continuámos a sonhar e por numerosas vezes a encontrarmo-nos nesses sonhos, no meio de madrugadas envolvidas por brisas que nos iam refrescando as almas que ansiosamente esperavam pelo reencontro…
E como sonhar é viver, a força de um sonho fez com que voltássemos a estar juntos, numa noite ainda mais cheia de desejos incontroláveis, os nossos corpos entrelaçados, as nossas bocas fundidas, as palavras carregadas de tesão…
Tu me tens e eu te tenho e beijo-te intensamente ouvindo como sussurras, suspiras entre o meu corpo e o teu intenso, sendo afagado com ternura entre sussurros, suspiros, gemidos e beijos intensos e demorados, acarinhados e exaltados pelos nossos corpos, ávidos pelo caminho que só nos traz felicidade e prazer. Cada vez mais colados, cada vez mais unidos, sensação maravilhosa de sentir-te em meus braços e te beijar mais e mais. Abraços apertados, corpos colados e sendo beijados a cada minuto, a cada segundo.
Os nossos corpos clamam um pelo outro em gritos de excitação e desejos, beijamo-nos e as nossas almas tocam-se, elas elevam-se, flutuam, encontram o êxtase e unem o desejo, o prazer e a vontade que sentem uma pela outra.